sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Sem estória.


Aquele coração que não mandei, a carta que nunca escrevi.
A tristeza que nunca senti, a alegria que sempre mostrei.
O coração que nunca parti, a frase que nunca falei.
E todas as vezes que não liguei, todos os erros que não cometi.
Todas as musicas que não ouvi, as ruas que não andei.
O sono que não dormi, o sorriso que não mostrei.
Sempre tentando não tentar, escondendo o que poderia encontrar.
Sem arrependimento nenhum do que em nenhum momento aconteceu.
Do que não se viveu, do que nem se quer morreu.
E assim, sem fim, sem nem um inicio, consigo e não consigo dormir.
Tá tudo bem, nada se moveu, nenhum herói nasceu.
Seguimos.



sábado, 13 de agosto de 2011

Empty Apartment


"It´s okay to be angry and never let go
It only gets harder the more that you know
When you get lonely if no one´s around
You know that I´ll catch you when you´re falling down
We came together but you left alone
And I know how it feels to walk out on your own
Maybe someday I will see you again
And you´ll look me in my eyes and call me your friend."

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pedaços de você

Hoje, é possível olhar pra trás e ver tudo exatamente como foi deixado. As palavras, os sonhos, teu jeito de falar, sua mania de me irritar. Nossa falta de coragem, nosso medo de amar. O passado continua intacto, só que agora há uma razão. Ou pelo menos a que eu ache mais plausível de ser entendida. Nada mais para nos salvar, nossas mãos agora vazias, carregaram por tanto tempo lembranças. E quanto mais eu tentava entender, mais eu me sentia presa. Talvez por querer, por merecer. E aquelas indas e vindas. Levei seu sorriso comigo, levei seu pior defeito também. Embrulhei nossas vidas inteiras nas costas e decidi as levar por todo caminho. Muitas vezes deixei pedaços caírem, outras eu mesmo os deixava. Guardei seus piores segredos, guardei tanta coisa sem perceber. Até finalmente perder tudo pelo caminho, só pra mais tarde encontrar tudo outra vez. Não da mesma maneira, cacos que talvez nunca mais voltem a ser o que eram. E todas as noites eram pesadelos sem fim, parecia uma musica que permanecia no replay. Por minha própria vontade. Por meu próprio destino. E por mais que eu quisesse parar, não mais lembrar, a cada passo, ia encontrando mais pedaços do que sobrou de nós. Sem nunca admitir estar cansada. Sem nunca poder realmente entender o que me movia sempre até você.